segunda-feira, 3 de março de 2008

Desvirtuando

Isto de voltar ao trabalho árduo depois de uma semana de niente fare niente, quando se fez mesmo muito, custa sempre um pouco.
É o acordar cedo, e ainda apressar todas as tarefas matinais que na semana transacta passaram a tarefas “tardeais”, a ritmo acelerado embarcar no chuveiro para um acordar mais efectivo, o iogurte bebido entre a casa e o trabalho, o glose espalhado e vislumbrado no espelho do carro, tudo para as oito, sem tardar, o dedinho já estar colocado na maquina controladora.
E sem muito estranhar, o trabalho de 12 horas vai correndo e vamos sentindo que afinal também é bom estar aqui. As colegas e as cusquices de uma semana de afastamento, os problemas acumulados, os materiais que não chegaram, os códigos desconhecidos, os atrasos, os sucessos, as duvidas, os recomeços, as conversas de corredor, o café acompanhado do vício, os horários, as trocas, os sorrisos do costume, e assim pouco a pouco, com a rapidez necessária lá me fui acostumando ao trabalho, ás tarefas, ao cargo.
É sempre bom ouvir “já tínhamos saudades tuas”, mesmo que acompanhadas de “ Isto estava muito sossegado”. É sempre bom saber que existe uma segunda casa, onde nos sentimos bem, onde permanecemos com um objectivo estabelecido, onde as pessoas não são meros colegas, mas algumas são uma das partes mais importante da nossa vida.
Claro que tu estás lá, claro que tens um lugar especial na minha vida, claro que te prometo uma postagem inteira sobre ti, claro que já não te posso ouvir reclamar sobre a falta de alusão à tua pessoa, mas, como te disse, não posso já desvirtuar o título do meu blog.
Mas pensando bem talvez seria justo primeiramente falar de ti, pois quem me ouve falar mais da vida dos meus homens? Tu, uma das principais mulheres da minha vida, tu que me aturas com a minha verborreia constante, tu que sorris aos meus sorrisos, tu que já compreendes os meus olhares e que o tom da minha voz já te orienta no meu estado de espírito, tu que aturas os meus amuos e as minhas alegrias, tu que partilhas as minhas gargalhadas com as histórias mirabolantes que te conto, tu que enches de amor a minha vida quando penso que o amor nem sempre existe, tu que me fazes descer à terra antes que a queda seja alta, tu que partilhas as minhas vitórias como se fossem as tuas….Tu
Tu, que se fosses homem serias sem duvida o Homem da Minha vida, assim sem o seres és minha….minha amiga!!!

2 comentários:

Anônimo disse...

A amizade, na sua verdadeira essência, é a meu ver uma raridade. E, acredita, acho que amizade como a vossa nunca tinha conhecido. Obrigada por terem partilhado comigo aquilo a que eu considero um momento especial.
Uma voz meiga, trémula de emoção e força para conter uma lágrima e umas mãos meigas mas firmes a tentar melhorar um dia tão difícil para mim.
Um dia (mas juro que a brincar), chamei-vos de meras colegas. Hoje agradeço-vos por me ouvirem, ensinarem, aconselharem, sorrirem, defenderem até (lembras-te do jogo das escondidas, carlinha?).
Obrigada por estarem a receber-me e a considerar-me uma de vós.
Áurea, mais uma vez, que belas palavras!...
Para os outros permaneço anónima (excepto para a Dra X), mas vocês não precisam de perguntar quem sou...
Beijinhos.

Pink Star disse...

Minha linda, nem tu precissas de dizer quem és porque o sei.
És tu na tua ingenuidade e meiguice que pouco a pouco fostes entrando na nossa vida, tu que de caladinha passas-te a tagarela, tu que nos fazes rir com tanto, tu que nos fostes conhecendo e entendendo que por vezes um raspanete e uma voz mais alta vai cheia de amor e carinho, tu chegastes e de mansinho nos conquistas-te.
Oficialmente considera-te amiga.
Beijos e obrigado pelas palavras, que no fundo são mais que palavras, são sentimentos que nos enchem as almas.

Áurea "Mónica"